Ratos (roedores) – Murídeos
Os murídeos são roedores e estão presentes em todos os lugares onde tenham condições de sobrevivência, como sendo a possibilidade de abrigo e a abundância de comida.
Para além de consumirem ou contaminarem os alimentos, os designados ratos estragam mais do que comem e causam grandes prejuízos a bens não alimentares, transportando e transmitindo imensas doenças, como exemplo:
– A peste
– O tifo murino
– A leptospirose
– Infecções por salmonelas
Os ratos possuem uma cauda escamosa que serve de órgão de equilíbrio quando correm e trepam, servindo de travão nas descidas. Com os seus potentes músculos mastigadores, grandes incisivos e pequenos molares, os murídeos são o tipo ideal de roedores.
Uma das chaves do sucesso dos Murídeos consiste na sua estratégia reprodutiva, com uma gestação rápida, com numerosos descendentes, rapidamente autónomos e maduros. Os Murídeos podem originar de 5 a 7 criações por ano, até poderem reproduzir ao fim de seis semanas.
Estes factores aliados a sua extraordinária capacidade de reprodução constituem um grave problema.
Assim, actuando através de tratamentos de desratização, mantêm-se a presença dos murídeos a níveis razoavelmente baixos, reduzindo tanto possível a dimensão de problema.
Espécies Murinas:
RATTUS NORVEGICUS
Vulgarmente designado por ratazana, é o murídeo de maiores dimensões e habita normalmente nos esgotos e em lixeiras periféricas às habitações. É este animal que causa maior número de estragos quer a nível alimentar quer a nível material.
RATTUS RATTUS
É um pouco mais pequeno que o Rattus Norvegicus, distinguem-se pela cor do pêlo e pelo facto de ter a cauda mais comprida que o corpo. Conhecido como rato preto ou rato dos telhados, pois tem o habito de trepar, atingindo rapidamente o cimo das arvores e/ou telhados.
MUS MUSCULUS
É vulgarmente conhecido como rato doméstico ou ratinho do campo, pois é o mais pequeno dos três, cerca de 20 vezes menos, vive preferencialmente dentro das habitações, principalmente nas cozinhas, armazéns, lojas, escritórios, etc.
No entanto podem também ser encontrados noutros locais desde que contenham as características necessárias para criarem um ambiente doméstico.
Agentes Desinfestantes:
São utilizados agentes desinfestantes rodenticidas contendo substâncias activas anticoagulantes de 2ª geração.
Os anticoagulantes de 2ª geração actuam na inibição da protombina, que é responsável pela coagulação do sangue, assim sendo ocorrerão lesões nos capilares originando hemorragias internas.
O animal acabará por morrer devido às hemorragias, não causando alarme nos outros animais da mesma espécie, pois estes não se apercebem da sua morte.
Estes rodenticidas existem sob a forma de granulado, bloco, pasta ou gel para maior facilidade na aplicação, dependendo exclusivamente da área a tratar.
Os produtos a utilizar, sendo anticoagulantes, podem considerar-se de toxicidade muito reduzida para o homem se ingerir quantidades ou doses pequenas.
No entanto deverão ser tomadas medidas de precaução no sentido de evitar o fácil acesso de pessoas desprevenidas ou não autorizadas. O antídoto para rodenticidas indicados é a vitamina K1.
Metodologia
A metodologia a usar será a colocação de postos de engodo de polietileno com iscos rodenticidas na área interior e exterior, bem como nos locais de possível passagem ou acessos às instalações em causa.
Em locais em que não seja recomendável a aplicação de iscos rodenticidas, serão sempre aplicados postos de monitorização com telas colantes não nocivas.
Todos os postos tem também um sistema de fecho que protege o acesso a intrusos.
Caso seja possível é também aplicado rodenticida apropriado na rede de saneamento para evitar intrusão ao interior por estas vias. E em todas as situações, fica a critério do técnico desinfestador o rodenticida a aplicar.
Será fornecido ao cliente, a quando do início do contracto e da realização da primeira avença a seguinte informação:
Respectivas fichas técnicas e de segurança dos produtos aplicados com as declarações de venda.
Planta das instalações com a sinalização de todos os dispositivos colocados.
Um certificado de desinfecção das áreas em tratamento.
Um calendário das invenções a efectuar durante o ano de contracto.
Uma folha de serviço efectuado a cada intervenção.
Um relatório detalhado sobre o grau da infestação existente entregue no acto do serviço.
Em todos os serviços será também fornecido um plano técnico de todos os produtos aplicados.
Todos os postos de engodos estarão identificados horizontalmente e verticalmente com sinalética numerada com toda a informação necessária de aviso e precaução bem como a informação da empresa instaladora.
Aprovação oficial dos produtos
Todos os produtos a utilizar estão devidamente autorizados pela direcção geral de saúde e pela D.G.P.C (direcção geral de protecção das culturas). Qualquer informação ou esclarecimento adicional relativamente aos produtos será devidamente facultado pela antiPRAGAS.