Ácaros
Os ácaros do pó da casa são visíveis apenas ao microscópico e medem entre 200 e 500 micrómetros. Contudo, além dos ácaros terrestres, há ainda os aquáticos, inclusive marinhos. São em sua maioria, predadores, mas há os fitófagos, detritífagos e os parasitas. Na subclasse Acarina estão ainda os carrapatos ou carraças.
Entre os ácaros parasitas do homem, existem os que atingem os folículos pilosos e glândulas sebáceas, como Demodex folliculorum, que provoca a formação de cravos, e parasitas cutâneos, como Sarcoptes scabiei, o causador da sarna humana (escabiose). Este forma túneis na epiderme e libera secreções que provocam forte irritação. A deposição contínua de ovos nos túneis garante a perpetuação da infestação. O contacto com áreas infestadas da pele pode transmitir o ácaro para outro hospedeiro.
Os ácaros do pó da casa são considerados em todo o mundo, particularmente nos países ocidentais e industrializados, como a principal causa de alergias do aparelho respiratório.
Os ácaros de poeira são aracnídeos (pertencem a família das aranhas) e pode-se ver a sua estrutura através de um microscópio comum.
O seu ciclo de vida é de 2 a 3,5 meses e o seu habitat é doméstico especificamente nas fibras naturais como em carpetes, tapetes e roupas de cama. A temperatura e humidade são igualmente importantes e justamente nos climas tropicais, as condições são as mais favoráveis para o seu desenvolvimento (temperatura entre 10-32 Celsius e humidade relativa entre 60-70%).
Alguns ácaros são parasitas, mas os mais importantes para a patologia humana são espécies de vida livre encontrados na poeira de colchões, travesseiros, móveis e pisos das casas. Seu desenvolvimento é favorecido pela humidade relativa do ar pela reduzida ventilação e o acumular de poeiras.
Os ácaros não transmitem qualquer tipo de doença. Contudo, a exposição (sobretudo através das vias respiratórias) a determinadas proteínas que existem no seu corpo e excrementos, pode causar o aparecimento de doenças alérgicas
Algumas alergias respiratórias, como a asma e a rinite alérgica, bem como dermatites alérgicas, podem ser provocadas por esses minúsculos ácaros ou por seus produtos (dejectos, secreções, fragmentos de ácaros mortos, etc.). Quando encontrados no meio ambiente, suspensos no ar com as poeiras, são inalados por pessoas que desenvolvem reacção de hipersensibilidade a tais materiais.
Tipos de alergia:
Os tipos de alergia mais conhecidos são: Rinite alérgica, Rinite Sazonal e Rinite Persistente.
Outros alérgenos podem estar presentes em medicamentos, plantas, alimentos e venenos de insectos e podem causar uma grande variedade de sintomas diferentes daqueles associados à rinite alérgica.
As infestações por ácaros são muito comuns. Por exemplo, a que é provocada por Tunga penetrans (que origina uma erupção que provoca prurido intenso e é causada por larvas do ácaro localizadas por baixo da pele), pela sarna e por outras afecções.
A gravidade dos efeitos sobre os tecidos que rodeiam a picada é muito variável. As infestações por ácaros são tratadas aplicando cremes que contenham permetrina ou uma solução de lindano.
Depois do tratamento com permetrina ou lindano, em determinados casos são utilizadas pomadas com corticóides durante alguns dias, com o fim de aliviar o prurido (comichão) até que todos os ácaros tenham sido eliminados.
Habitat e reprodução
Nas habitações os ácaros alimentam-se de partículas resultantes da descamação de pele humana e de animais. Por dia, o homem perde cerca de 1g destes pedaços de pele. Os ácaros abundam nos colchões, mantas de lã, almofadas de penas, tapetes, alcatifas, sofás e bonecos de pelúcia, desenvolvendo-se em condições óptimas de humidade superior à média de 70% a 80% e de temperatura superior a 20 °C. Em altitudes superiores a 1200 metros, os ácaros deixam de ter boas condições de vida. Por este motivo, a estadia em regiões montanhosas pode conduzir ao alívio de certas alergias. Vivem 2 a 3 meses, durante os quais acasalam 1 a 2 vezes, dando origem a uma postura de 20 ovos a 50 ovos. O período mais propício para o acasalamento é a Primavera e o Outono. Os ácaros são os principais responsáveis por quadros de alergia respiratória como rinite alérgica e asma. As principais espécies relacionadas a esses casos são o Dermatophagoides pteronyssinus, D. farinae, Euroglyphus maynei eBlomia tropicalis.
Os estudos concluíram ser impossível livrar as residências desses animais microscópicos, responsáveis pelo surgimento ou agravamento de alergias respiratórias no homem. Segundo os pesquisadores, porém, é recomendável a adopção de práticas higiénicas capazes de reduzir a população desses parentes do carrapato, minimizando assim os problemas de saúde que eles podem causar.
O colchão, objecto no qual as pessoas mantêm um contacto prolongado dentro do ambiente doméstico, é o local onde existe a maior concentração de ácaros em uma casa. De fato, passamos um terço de nossas vidas na cama, deixando por lá resíduos de pele numa temperatura sempre aconchegante. Além disso, transpiramos nesse local, o que acaba gerando alta umidade. Todos esses factores são o que o ácaro precisa para sobreviver continuamente.
Após seis anos de uso de um mesmo travesseiro, 10% de seu peso é constituído de ácaros e de suas fezes. Em um colchão com 10 anos, estima-se que vivam 1 trilhão de ácaros.
O que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi o fato de o colchão ser o predileto dos acarídeos. Descobriu-se que a concentração de ácaros na parte do colchão que fica em contacto com o estrado, é três vezes maior do que na de cima.
Locais propícios para o desenvolvimento de ácaros são: sofás, tapetes e cortinas.
Como Evitar Alergias:
Os excrementos dos ácaros e os ácaros mortos dispersam-se em poeira fina, sendo inalados e podendo provocar alergias. A diminuição do número de ácaros no interior da casa é um factor decisivo no tratamento do doente alérgico ao pó doméstico. O combate a estes animais deverá incidir primeiramente no quarto de dormir e depois, tanto quanto possível, estender-se ao resto da casa.
As medidas preventivas para os ácaros reduzem os sintomas clínicos e são o primeiro passo no tratamento de doentes alérgicos aos ácaros. Destas medidas fazem parte:
- arejamento diário dos quartos;
- exposição ao ar e ao sol dos colchões, edredons e almofadas;
- lavagem frequente a 60 °C dos colchões, edredons e almofadas;
- aspiração regular e frequente dos colchões e tapetes com aspiradores munidos de filtros HEPA;
- tratamento de colchões e tapetes com acaricidas;
- utilização de coberturas anti ácaros nos colchões, travesseiros, edredons e almofadas;
- uso de xampu anti pulgas e tosa em animais domésticos;
- remoção de alcatifas (carpetes);
- lavagem semanal dos bonecos de pelúcia;
- manutenção de uma atmosfera seca no interior das habitações (humidade relativa a 50 a 60 % e temperatura entre 18 e 20 °C);
Não está demonstrada a eficácia dos ionizadores e purificadores de ar, nem da ventilação mecânica.
A imunoterapia específica como programas de vacinação, está indicada nos doentes sensibilizados quando os sintomas clínicos não são controlados com o tratamento farmacológico dos sintomas.
METODOLOGIA
Para este tipo de tratamentos de tratamentos, opta-se pela aplicação da termonublização em todas as áreas a intervencionar, de modo a abranger todas as superfícies e eliminando a praga em causa, conforme demonstrado na foto seguinte.
Aprovação oficial dos produtos
Todos os produtos a utilizar estão devidamente autorizados pela direcção geral de saúde e pela D.G.P.C (direcção-geral de protecção de culturas). Qualquer informação ou esclarecimento adicional relativamente aos produtos será devidamente facultado pela antiPRAGAS.